Em Educação sempre há lugar para uma revolução.

"Sentir profundamente qualquer injustiça contra qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, é a qualidade mais bonita de um revolucionário". Che Guevara

terça-feira, 18 de maio de 2010

Uma Escola com Valores.




Considerações sobre a crise de valores nas instituições sociais.

“A Escola vive uma crise de valores” A frase, posta entre aspas por ser uma realidade dita por tantos, reflete o sentimento social. Vivemos em uma época na qual valores altruísticos encontram grandes dificuldades para serem construídos. O que fazer diante desse quadro?
Muito se tem dito que o atual quadro escolar decorre da crise que assola a família. A instituição familiar, para muitos a pedra angular da sociedade, já não é mais a mesma. A máquina patriarcal perdeu força. Surgiram formas mais democráticas de convivência familiar e com elas novas maneiras de se viver valores.
A Escola sempre foi um local onde a sociedade depositou a confiança para a formação cidadã. Nos últimos anos, porém, diante de tantas incertezas diante do futuro, houve uma acentuada descaracterização do seu papel. Há atualmente em diversas unidades de ensino uma extrema preocupação para formar cidadãos competitivos, o que muitas vezes conduz à assimilação de atitudes individualistas.
Bom salientar terem outras instituições tradicionais, perdido o elo que as tornavam capazes de fomentar atitudes cidadãs. As aglomerações religiosas, por exemplo, não foram capazes de acompanhar as mudanças ocorridas nos seus respectivos rebanhos. Tais instituições, apesar de apregoarem valores considerados apropriados à vida em sociedade, superestimam o fator econômico e demonstram grande apego ao acúmulo de capital, fator que de certa forma ecoa no inconsciente coletivo, causando estragos à sociedade.
Não se pode, porém, condenar unicamente a família, a escola e a igreja. O Estado, personificado pela classe política – Congresso, Senado e Câmara de Vereadores – e pela Justiça, mostra-se incapaz de assegurar ao cidadão condições para o seu desenvolvimento. O descrédito nessas instituições diante de escândalos financeiros e favorecimentos judiciários é quase unânime e certamente incentiva a formação de atitudes anti-sociais.
Muito se tem discutido acerca da atual crise de valores. A maioria instituições culpa as demais pela falta “traquejo” no trato das questões relativas à convivência humana. Não é difícil perceber que cada uma carrega a sua parcela de culpa: há a escola que não educa, a família que não abraça, a igreja que não conduz e o estado que não regula.
À Escola cabe uma tarefa bastante difícil: apesar de ser parte integrante da rede social e receber influências diversas, deve manter-se “equilibrada”. Afinal é no seu meio onde a informação é tratada e o conhecimento sistematizado com o objetivo de construir cidadãos. Assim, a prática diária de valores altruísticos no seu ambiente deve, necessariamente, ser uma constante. Só assim divisaremos futuros, contribuindo para a formação daqueles que comporão os quadros das demais instituições sociais do País nos tempos vindouros. (Carleone Filho)

Recursos Públicos : Políticas, Políticos e Teorias

Administrar a Educação Municipal não é uma tarefa fácil, porém esta é a grande obrigação dos prefeitos e vereadores. Há em cada localidade características impares decorrentes de fatores sociais e econômicos diversos, o que dificulta o ato administrativo, todavia na maioria dos municípios brasileiros o que se vê vai muito além dessas dificuldades; gestores municipais utilizam as secretarias como moeda de troca por favores políticos e muitas vezes usam as verbas destinadas à Educação para fins que não condizem com os especificados na Lei.
Falta vontade política para acertar. A realidade é que na imensa maioria dos municípios brasileiros as verbas destinadas pelo FUNDEB para a Educação são utilizadas de forma indevida ou sem um planejamento estratégico. Prefeitos e vereadores, não procuram estudar a forma legal para melhor aplicá-las, nem muito menos buscam na experiência daqueles que vivenciam cotidianamente a Educação – Sindicatos, professores e alunos – contribuições para formalizar ações que atendam plenamente às necessidades educacionais dos municípios.
Estudar a melhor maneira para administrar as verbas é realmente essencial para o sucesso das ações educacionais. Observar se há no quadro de servidores municipais, pessoal qualificado para assumir os programas, ou na falta, qualificá-los; escolher programas adequados, avaliando as necessidades específicas das comunidades onde as unidades escolares estão implantadas; melhorar quantitativamente a remuneração dos profissionais da educação, e, principalmente, envolver a sociedade em todo o processo, serão atos que certamente implicarão em acertos, trazendo avanços consideráveis para a realidade municipal.
O problema da Educação Brasileira não esta na falta de teorias, nem muito menos na falta de Políticas Públicas Federais. O grande “nó” encontra-se atado à falta de políticos que realmente tenham o interesse em aplicar nos seus municípios programas e capacitações profissionais que façam a complexa engrenagem educacional funcionar. De nada adiantam os recursos se a utilização destes não for condicionada a ações pedagógicas conscientes. De nada adiantam as teorias, se os municípios não forem geridos por administradores conscientes da importância que a Educação tem para a formação do cidadão. Carleone Filho

domingo, 28 de março de 2010


“Dialogar é Descobrir”. Pelo diálogo transformamos idéias em ações e aquilo que se diz vira coisa do mundo. Dialogando socializamos os nossos sonhos, as nossas experiências e realidades; conhecemos o próximo e descobrimos que, apesar de vivermos situações impares, vivemos uma mesma travessia. Temos muito em comum. Almejamos liberdade, igualdade, fraternidade... e caminhamos em busca dos nossos ideais.
Em Educação a concepção de diálogos voltados à formação de cidadãos conscientes e responsáveis é uma busca constante e um desejo de todos. Com este norte nasce “Caminhadas Educacionais”: um instrumento para facilitar o intercâmbio de idéias entre todos aqueles que vivenciam o processo educativo. Busca-se, dessa forma, contribuições para o direcionamento de ações que tragam resultados positivos às necessidades do corpo docente e à formação integral dos nossos alunos.
Só com diálogos e ações descobriremos meios para alcançar os níveis de eficiência propostos pelo MEC, garantindo a todos uma educação igualitária e com qualidade. O Sistema Educacional Brasileiro deve ser analisado de forma contínua e participativa. É necessário considerá-lo em um todo articulado, no qual se juntem capacitação profissional, dignificação salarial dos profissionais, peculiaridades regionais e socioculturais, realismo dos esquemas curriculares e respeito ao alunado. A participação de todos nesse processo é fundamental. Carleone Filho.